visita guiada 36ª Bienal de São Paulo com Agnaldo Farias
Intitulada Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática, a edição será conduzida pelo curador geral Prof. Dr. Bonaventure Soh Bejeng Ndikung com os cocuradores Alya Sebti, Anna Roberta Goetz e Thiago de Paula Souza, além de Keyna Eleison e Henriette Gallus. A mostra inspira-se no poema Da calma e do silêncio, de Conceição Evaristo.
A Bienal propõe pensar a humanidade como prática viva, guiada pela metáfora do estuário – lugar de encontro entre correntes – evocando as múltiplas confluências que marcam a história do Brasil. O primeiro fragmento sugere desacelerar, observar e escutar, evocando a poética de Conceição Evaristo como caminho de reconexão com a natureza. O segundo convida a ver-se no reflexo do outro, inspirado em René Depestre, para questionar fronteiras e propor uma convivência mais atenta ao coletivo. O terceiro aborda os espaços de encontro, tomando os estuários como metáfora das convergências históricas. Inspirado no manguebit e em seu manifesto Caranguejos com cérebro, reflete sobre colonialidade e persistências, mas também sobre novos caminhos de convivência e beleza, como em A beleza intratável do mundo, de Patrick Chamoiseau e Édouard Glissant.
Endereço:
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Ibirapuera
Agnaldo Farias
É professor da FAUUSP e já foi curador de uma série de museus e instituições de arte brasileiras. Foi curador de diferentes edições da Bienal de São Paulo, da 11ª. Bienal de Cuenca (Equador) e do Pavilhão Brasileiro da 54ª. edição da Bienal de Veneza (2011). Foi curador da Bienal de Coimbra de 2019.